TRISTÃO DE BARROS,
Tristão Barros, como não seria diferente devido ao seu caráter questionador e revoltado com a estrutura política de sua época, foi assassinado em Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, no fatídico dia 21 de Abril de 1936, uma vítima da bondade e da hombridade, dois dos elementos constituintes de seu ser.
Os corações
desvaneceram, uma onda de melancolia arrebatou as vidas dos homens e mulheres
curraisnovenses, todos em luto pela morte prematura de um dos seus mais estimados
filhos. Perdeu a vida por acreditar em ideais de liberdade e de igualdade. Moldado por
essas crenças, seu caráter o impeliu a denunciar um comunista que, na sua compreensão,
ameaçava a ordem, a instabilidade de sua pátria, tantas vezes exaltada em seus versos,
lembrando que na sua produção literária também não deixou de mostrar as mazelas que
assolavam seus compatriotas, mas sempre com o intuito de alertar, de conscientizar seus
irmãos a agirem em prol do desenvolvimento e do progresso da nação.
Seu algoz foi um tenente do Exército insatisfeito por ter sido denunciado
pela pregação, que anteriormente fizera em Currais Novos no preparo de subversão que
culminou com a intentona comunista de novembro de 1935
Sua morte permanece na memória de todos que o conheciam como o marco
da luta pelos ideais de liberdade e democracia, tanto na cidade onde governou como
prefeito – Currais Novos – apoiado pela comunidade curraisnovense, sendo nomeado
em 1935, pelo Governador recém eleito Dr. Rafael Fernandes Gurjão, como em toda a
região do Seridó onde era mais conhecido, também no seu chão origem – Santana, São
Rafael – e, ainda, em outras regiões do Estado onde fizera inúmeras amizades.
Contrastando com o seu triste fim no ambiente urbano, temos o nascimento
de Tristão no meio campesino, o sítio Barroca Funda, município de Santana de Matos,
região onde se concentrava a parentela dos Barros. A alvorada com sua luz nascente e
alegre, o suave vôo da passarada ao romper da aurora, anunciam o nascer do dia, um
novo dia alegre, 21 de janeiro de 1896, quando nasce o quarto filho de uma família
numerosa de onze filhos. Filho do Coronel Luiz Martins de Oliveira Barros e D. Isabel
Martins de Macedo Cabral Barros, ambos
descendentes de famílias pioneiras no
desenvolvimento daquela região.
Fazendo parte do Partido Democrático, era um dos integrantes dos grupos
oposicionistas que exigiam reformas democráticas,
como a reforma eleitoral. Esperançosos,
acreditavam no fim do governo dos
coronéis, ou melhor, que as
oligarquias fizessem algumas concessões, caso contrário, se arriscavam a ser derrubadas
por uma revolução vinda das camadas populares.
JOEDSON WESLLY DE MEDEIROS BATISTA
EVA CRISTINI ARRUDA CÂMARA BARROS (ORIENTADORA)
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS – UFRN
ARRUDA CÂMARA BARROS (ORIENTADORA)
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS – UFRN
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